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Brasil volta à lista dos países com mais crianças não vacinadas

O Brasil voltou a figurar entre as nações com maior número de crianças não vacinadas no mundo. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com informações do g1.

Em 2023, o país havia deixado essa lista após avanços na cobertura vacinal.

Entenda os motivos e o impacto dessa queda na imunização. | Ministério da Saúde
Entenda os motivos e o impacto dessa queda na imunização. | Foto: Ministério da Saúde

O Brasil voltou a figurar entre as nações com maior número de crianças não vacinadas no mundo. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com informações do g1.

 

Em 2023, o país havia deixado essa lista após avanços na cobertura vacinal. No entanto, um ano depois, voltou a ocupar uma posição entre os 20 países com mais crianças sem imunização, ficando em 17º lugar.

O relatório mostra que o número de crianças brasileiras sem nenhuma vacina subiu de 103 mil, em 2023, para 229 mil, em 2024.

Os dados fazem parte do Projeto Alerta Digital, que monitora a situação da imunização em todo o mundo. O levantamento considera principalmente a aplicação da vacina DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Esse imunizante serve como um dos principais indicadores do acesso das crianças aos serviços básicos de vacinação. As que não recebem nem essa primeira dose são chamadas de “crianças zero dose”.

Cenário global

No mundo, cerca de 14,3 milhões de crianças seguem sem nenhuma vacina. Outras 5,7 milhões receberam apenas parte das doses necessárias para se proteger contra doenças evitáveis.

A OMS informa que, em 2024, nenhuma das 17 vacinas monitoradas atingiu a cobertura de 90% ou mais, percentual considerado ideal para controlar doenças.

Apesar disso, houve algum avanço em comparação com 2023. Segundo o relatório, aproximadamente 171 mil crianças a mais receberam pelo menos uma dose da vacina DTP neste ano, e 1 milhão de crianças completaram as três doses necessárias.

Ainda assim, quase 20 milhões de crianças no mundo não tomaram as três doses da DTP em 2024. Desse total, 14,3 milhões nunca receberam nenhuma vacina.

O número está acima da meta da Agenda de Imunização 2030, que tem como objetivo reduzir esse grupo vulnerável. Também é superior ao registrado em 2019, ano usado como referência para acompanhar o progresso.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o aumento no número de crianças vacinadas é positivo, mas alertou para os riscos de retrocessos devido à desinformação e à redução no apoio financeiro internacional. Segundo ele, mesmo pequenas quedas na cobertura podem provocar novos surtos e pressionar ainda mais os sistemas de saúde.

Vacinação contra o HPV

O levantamento também traz dados sobre a vacina contra o HPV. Em 2024, 31% das adolescentes elegíveis no mundo receberam pelo menos uma dose, sendo a maioria em países que adotam o esquema de dose única. Esse número ainda está longe da meta global de 90% até 2030, mas representa um avanço em relação aos 17% registrados em 2019.

A cobertura completa da vacina contra o HPV subiu de 21% para 28%, com cerca de 18 milhões de meninas protegidas totalmente contra o vírus. No entanto, 46,6 milhões de meninas seguem sem a imunização completa ou sequer iniciaram o esquema vacinal.

Atualmente, a vacina está disponível para meninas em 144 países e para meninos em 75.

Cobertura do sarampo

A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo aumentou de 83% para 84% no mundo, mas ainda não recuperou o patamar de 2019, quando era de 86%. A segunda dose subiu de 74% para 76%.

A OMS já emitiu alertas sobre o risco de novos surtos de sarampo em várias partes do mundo devido à baixa cobertura vacinal.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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