Marina Lima fala sobre a decisão de Antônio Cícero de optar por morte assistida na Suíça

Em entrevista ao Conversa com Bial exibida na noite desta segunda-feira (15), a cantora Marina Lima falou pela primeira vez sobre a morte do irmão, o poeta e filósofo Antônio Cícero, falecido em outubro de 2024, aos 79 anos. O imortal da ABL optou por morte assistida na Suíça, onde o procedimento é legalizado.

Marina Lima defende suicídio assistido do irmão: “Sempre foi ateu” / Foto – Reprodução Instagram
“A morte dele faz parte da obra dele. Isso é incrível, tenho um orgulho danado disso. Porque o Cícero não deixou barato em nenhum momento, não traiu as convicções dele em nenhum momento”, disse Marina.
Segundo a cantora, a decisão de Cícero acende um debate necessário no Brasil sobre o direito de decidir sobre a própria morte. “Faz todo mundo pensar de novo sobre isso… Sobre eutanásia, sobre permissão. Por que tem que ir para o exterior fazer isso? Como várias coisas no Brasil, devia ser permitido aqui também”, destacou.

Marina Lima defende suicídio assistido do irmão: “Sempre foi ateu” / Foto – Instagram
Marina contou que o poeta optou por não compartilhar a decisão com amigos ou familiares, a fim de evitar interferências. Segundo ela, apenas Marcelo, companheiro de Cícero há mais de 40 anos, acompanhou o processo de perto. A artista também relembrou a última ligação que recebeu do irmão, um dia antes da morte.
“Ele me ligou na noite anterior. Tinha estado com ele uma semana antes, na casa dele. E ele falou: ‘Estou na Suíça’. Quando ele falou ‘estou na Suíça’, já entendi…Cícero sempre foi ateu, nunca acreditou em nada. Mas viveu a vida até a última gota. Era um aventureiro, poeta e filósofo. Adorava o que fazia, o ofício. E tinha uma inteligência impressionante”, finalizou.

Marina Lima defende suicídio assistido do irmão: “Sempre foi ateu” / Foto – Reprodução
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