O autônomo José Cleilton Florentino Sarmento, 53, consegue gerar renda para se manter construindo e vendendo miniaturas em madeira de objetos para colecionadores e decoração. As miniaturas incluem motocicletas, carros, instrumentos musicais, móveis, animais, porta-canetas, objetos sacros, máquinas ferroviárias, luminárias, calendários e outros.

Morador do bairro Santo Antônio, José Cleilton até a pandemia trabalhava como pintor letrista, servente e pintor de parede. O isolamento em casa no período pandêmico deu a ele a chance de se reinventar como artesão e assim começou a criar as peças em miniatura. Cleilton informou que a primeira miniatura foi de uma motocicleta, depois que ele viu uma peça em metal feita por um amigo.

Terapia

Vítima da doença crônica diabetes tipo 2, Cleilton ressaltou que está mais recluso em casa desde o fim da pandemia e com a diminuição das atividades como pintor por causa das limitações impostas pela doença, ele tem se dedicado a construir as miniaturas e conseguido gerar a renda para se auto-sustentar.

Além de gerar renda e desenvolver a criatividade, desenhar e construir as peças de arte é também terapêutico para ele. “Meu melhor passatempo, quando estou na oficina construindo esses objetos, não vejo o tempo passar, me divirto, ao mesmo tempo que consigo agradar aos olhos das pessoas com cada peça finalizada”, ressaltou.

Cleilton constrói as miniaturas numa oficina improvisada em sua própria casa. Tudo é feito artesanalmente. O artesão usa apenas duas máquinas, uma furadeira e uma serra para auxiliar no corte e desenho das peças, todo o resto é feito a mão.  As bancadas das máquinas e o kit de ferramentas foi ele mesmo quem construiu. “Tudo aqui é artesanal, nada industrial, tudo feito à mão com muito zelo e prazer”, frisou.

A matéria-prima para criar as peças, Cleilton usa um tipo de madeira leve adequada para receber a pressão dos desenhos sem quebrar ou rachar. Os outros materiais são cola, pinos de aço, verniz e tinta. O artesão destaca as miniaturas de motocicletas, maioria das peças criadas que são feitas unicamente de madeira.

Sem estoque

O ex-pintor frisou que nunca conseguiu expor seus trabalhos, porque praticamente não tem estoque, já que toda peça produzida é imediatamente vendida. O artesão mantém um perfil no instagram, onde estão postadas imagens de suas obras para conhecimento do público, @cleitonartes4. O artesão também disponibiliza um número de WhatsApp para falar com o público, (88) 9. 9254-8804.

                                                               Jornal a Praça