Mais de R$ 500 milhões foram desviados de instituições financeiras

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), prendeu, na terça-feira (22), o quarto suspeito de ataque hacker que afetou o Pix por meio de uma empresa de tecnologia que dá suporte ao sistema. A prisão ocorreu em Boa Vista, capital de Roraima.
Foram encontrados na residência do investigado cerca de R$ 700 mil em espécie, cuja participação no ataque desviou ao menos R$ 541 milhões de instituições bancárias. Segundo a PF, a ação contou com a colaboração do Banco Central e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) na troca de informações, pois os órgãos reportam transações típicas à PF.
Outras duas prisões ocorreram em Goiás, além de buscas e apreensões no estado do Pará.
Considerada a maior ofensiva hacker contra o sistema financeiro no país, a estimativa é de que o montante desviado seja de pelo menos R$ 800 milhões. De acordo com a investigação, parte desse valor foi parar na conta de um homem em Roraima.
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Foi então relatado às autoridades que ele teria recebido R$ 2,6 milhões de um garimpeiro venezuelano interessado em comprar uma fazenda no Estado. Com a ajuda do Banco Central (BC), os investigadores mapearam parte das transações suspeitas.
Os investigadores identificaram que a conta bancária do suspeito recebeu grandes valores vindos de empresas beneficiárias do furto bancário eletrônico. Ele acabou preso em flagrante por lavagem de dinheiro, e as investigações seguem em andamento.
Uma parte dos recursos desviados foram identificados inicialmente nas contas de três bancos que foram afetados pela invasão hacker, sendo um deles o BMP, instituição que foi a primeira a relatar o furto de mais de R$ 541 milhões das suas contas.
A PF e o MP de São Paulo prenderam, na semana passada, duas pessoas suspeitas de participação no crime. A operação Magna Frau ocorreu nos dias 15 e 16 de julho. Mais de R$ 5,5 milhões em criptoativos foram recuperados na época.
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