Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor, segue em prisão preventiva, após confessar crime em Trizidela do Vale.

A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito sobre o assassinato do policial militar Geidson Thiago da Silva, ocorrido durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, na noite de 6 de julho. As investigações apontam que o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), foi o autor de todos os disparos, efetuados pelas costas da vítima.
Com a conclusão do inquérito, João Vitor foi indiciado por homicídio. Agora, o Ministério Público analisará os autos para decidir se apresenta denúncia formal contra o prefeito.
João Vitor está preso preventivamente desde 15 de julho, quando se entregou à polícia. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), ele permanece em cela individual, equipada com cama e banheiro.
Testemunhas afirmam que o prefeito João Vitor matou o PM após ser solicitado a reduzir os faróis do carro, que estariam incomodando. A defesa alega legítima defesa, dizendo que o policial sacou uma arma. No entanto, a Polícia Civil concluiu que a vítima foi morta pelas costas.

Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos. — Foto: Divulgação/Redes sociais
O prefeito João Vitor se entregou à Polícia Civil em São Luís após a Justiça decretar sua prisão preventiva e autorizar busca e apreensão. No dia anterior, ele não foi encontrado na prefeitura nem em sua residência. Após a audiência de custódia, foi encaminhado a uma unidade prisional. A prisão foi determinada para garantir a ordem pública e localizar a arma do crime, ainda desaparecida.
Homicídio por causa de luz de farol do carro
Durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA), o PM Geidson Thiago, conhecido como “Dos Santos”, pediu ao prefeito João Vitor para reduzir os faróis do carro, que estariam incomodando o público. Segundo testemunhas, houve uma discussão, e o prefeito atirou pelas costas do policial, que estava de folga.
A vítima foi socorrida e transferida para outro hospital devido à gravidade dos ferimentos, mas não resistiu. Geidson era lotado no 19º BPM e foi sepultado em 8 de julho.
O que diz a defesa
A defesa do prefeito João Vitor alega legítima defesa, afirmando que o policial sacou uma arma durante a discussão sobre os faróis do carro. No entanto, a Polícia Civil concluiu que a vítima foi morta pelas costas. Em depoimento, João disse ter jogado a arma no local, mas ela não foi encontrada, e câmeras de segurança não mostram o descarte. Ele afirmou que o revólver calibre .38, sem registro, foi um presente de um eleitor há dois anos.
Imagens da vaquejada mostram um homem, supostamente o prefeito, pegando um objeto em um carro preto, indo até uma aglomeração e depois fugindo. Segundo o delegado Diego Maciel, as imagens foram registradas no local do crime.
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