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Chef de cozinha morre aos 30 anos com suspeita de calazar em Parnaíba

O chef, consultor gastronômico e pesquisador de culinária indígena Micael Morais, de 30 anos, morreu nesta terça-feira (5), em Parnaíba, no litoral do Piauí, com suspeita de leishmaniose visceral, conhecida como calazar. Ele estava internado e, segundo pessoas próximas, contraiu uma bactéria durante o tratamento, o que agravou o quadro de saúde.

A suspeita é de que ele tenha contraído calazar após contato com seu cachorro, que também teria sido diagnosticado com a doença

 Micael Morais, de 30 anos, morreu nesta terça-feira (5), em Parnaíba | Instagram
Micael Morais, de 30 anos, morreu nesta terça-feira (5), em Parnaíba | Foto: Instagram

O chef, consultor gastronômico e pesquisador de culinária indígena Micael Morais, de 30 anos, morreu nesta terça-feira (5), em Parnaíba, no litoral do Piauí, com suspeita de leishmaniose visceral, conhecida como calazar. Ele estava internado e, segundo pessoas próximas, contraiu uma bactéria durante o tratamento, o que agravou o quadro de saúde.

 

A suspeita é de que ele tenha contraído calazar após contato com seu cachorro, que também teria sido diagnosticado com a doença e morreu dias antes.

QUEM ERA MICAEL MORAIS

Natural do Ceará, Micael vivia no Piauí, chegou a ser selecionado para a fase profissional do MasterChef Brasil no ano de 2023 e foi destaque em eventos como o Festival Maria Isabel, em 2023 e 2024.  Além de atuar como pesquisador da culinária indígena brasileira, ele também era consultor gastronômico em estados como Ceará, Maranhão, São Paulo, Piauí e Paraíba.

Em nota, a Nape Consultoria, empresa que ele trabalhava, lamentou a perda: “Nos despedimos do querido chef, vítima de leishmaniose — a mesma doença que também levou seu cão de estimação.”

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também lamentou a morte do chef e disse que a contribuição do profissional à culinária do país será sempre lembrada. “Micael foi um defensor da valorização dos saberes ancestrais e da identidade dos povos originários por meio da culinária. Seu legado seguirá inspirando a todos nós. Nossos sentimentos à família, amigos e admiradores”, diz o comunicado.

HISTÓRIA INSPIRADORA

Em suas redes sociais, Micael costumava compartilhar sua rotina na cozinha e histórias da trajetória profissional. Em um dos relatos, contou que começou varrendo calçadas em uma barraca de praia na Praia do Futuro, em Fortaleza, e tentando aprender tudo que podia numa barraca de praia.

“Minha melhor lembrança? Foi quando matei meu primeiro caranguejo. Foi ali que nasceu minha paixão pela gastronomia. De lá pra cá, foram muitos altos e baixos. Passei por diversos restaurantes — muitos não deram certo, poucos sim. Mas essa é a realidade de quem vem de Fortaleza e carrega sonhos na mala. Depois vieram João Pessoa, São Paulo, Piauí e Maranhão… estados que me ensinaram, me fortaleceram e me deram, hoje, uma profissão”, escreveu em uma publicação ativada no dia 19 de junho.

 

 

O corpo de Micael será velado em Fortaleza, onde mora sua família. Em Teresina, o velório ocorre na Pax União, na sala Céu.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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