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Execução nos EUA levanta dúvidas após preso reclamar de dor durante injeção letal

Byron Black, de 69 anos, foi executado nesta terça (5) no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, mesmo diante de controvérsias envolvendo um aparelho cardíaco implantado em seu corpo. Testemunhas relataram que o condenado demonstrou desconforto e afirmou estar com dor logo após o início da aplicação da injeção letal.

A execução foi a segunda realizada no Tennessee desde maio, após cinco anos de suspensão provocada pela pandemia de covid-19 e falhas no sistema penitenciário.

Byron Black | Tennessee Department of Corrections via AP
Byron Black | Foto: Tennessee Department of Corrections via AP

Byron Black, de 69 anos, foi executado nesta terça (5) no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, mesmo diante de controvérsias envolvendo um aparelho cardíaco implantado em seu corpo. Testemunhas relataram que o condenado demonstrou desconforto e afirmou estar com dor logo após o início da aplicação da injeção letal.

 

Advogados

A defesa de Black tentou impedir a execução sem que o dispositivo, semelhante a um marca-passo, fosse previamente desativado. Segundo os advogados, o equipamento poderia emitir choques elétricos no coração durante o processo de execução, agravando o sofrimento do preso. Um juiz chegou a autorizar o desligamento do aparelho, mas a Suprema Corte estadual derrubou a decisão, alegando que o magistrado não tinha autoridade para impor tal ordem.

Resposta de autoridades

As autoridades penitenciárias, por sua vez, afirmaram que os medicamentos letais aplicados não acionariam o aparelho, e mesmo que isso ocorresse, o condenado não sentiria nenhum impacto. No entanto, repórteres presentes relataram que Black parecia estar em sofrimento, tendo respirado com dificuldade, suspirado e movimentado a cabeça diversas vezes.

Contestação

A advogada Kelley Henry, que acompanhava o caso, contestou a eficácia do protocolo utilizado. “O fato de ele ter conseguido levantar a cabeça e dizer que estava com dor mostra que o medicamento não agiu como o estado alegou que agiria”, declarou. A equipe jurídica deve agora solicitar os registros do aparelho cardíaco para análise durante a autópsia.

Problemas de saúde

Byron Black usava cadeira de rodas e apresentava diversas comorbidades, como demência, insuficiência renal, lesões cerebrais e problemas cardíacos. Ele foi condenado à morte pelo assassinato da companheira Angela Clay, de 29 anos, e das filhas dela, Latoya, de 9, e Lakeisha, de 6, em 1988. De acordo com os promotores, o crime teria sido motivado por ciúmes.

Pena

A execução foi a segunda realizada no Tennessee desde maio, após cinco anos de suspensão provocada pela pandemia de covid-19 e falhas no sistema penitenciário. Com a morte de Black, os Estados Unidos chegaram a 28 execuções em 2025 — número superior aos registrados em todo o ano de 2024.

Parentes da vítima

A irmã de Angela, Linette Bell, disse que a execução representava um momento de justiça. “A família dele agora passa pelo que passamos há 37 anos. Não posso dizer que lamento, porque nunca recebemos um pedido de desculpas”, declarou por meio de um representante. (Com informações do G1)

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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