Na correria do dia a dia, é difícil parar e escutar o próprio corpo. Um inchaço nas pernas, um cansaço estranho, vermelhidão e até mesmo o aumento de temperatura no local. Tudo isso pode ser indicativo de trombose, um bloqueio de fluxo nas veias causado pela formação de coágulos sanguíneos. Apesar de parecer distante, a doença é mais comum que se imagina e, se não cuidada corretamente, pode gerar graves complicações.
Só entre janeiro e maio deste ano, o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 9.380 internações causadas por trombose. O dado pode assustar, mas entender o que é essa condição pode ajudar a prevenir a doença.
O que é trombose?
A trombose ocorre quando coágulos sanguíneos aparecem em uma ou mais veias grandes das pernas e coxas. A formação impede o fluxo de sangue no local, causando inchaço, dor ou sensação de peso na região afetada.
Em alguns casos, o coágulo se desprende da região inicial e ‘passeia’ pela corrente sanguínea em um processo chamado embolia. É aí que a situação pode ficar preocupante. Se esse coágulo se prende a órgãos importantes, como pulmões, coração ou cérebro, pode levar a lesões ou até mesmo a morte.
Trombose na perna: o que é, sintomas, causas e tratamento
O que pode causar trombose?
Ficar horas sentado em um voo longo, passar dias de cama após uma cirurgia ou até maratonar séries no sofá sem levantar por muito tempo. Essas ações parecem corriqueiras e inofensivas, mas podem aumentar o risco de trombose.
Todos esses cenários fazem parte de uma das causas da trombose: a imobilidade prolongada. Ficar muito tempo sem movimentar as pernas, como em casos de viagens de longa duração, pode prejudicar o retorno do sangue venoso para o coração.
A complicação é tão comum que é frequentemente chamada de “trombose do viajante”. Para evitar o processo, o Ministério da Saúde recomenda o uso de roupas largas e confortáveis, a ingestão de bastante líquido e a movimentação. Andar um pouco pelo corredor do avião, ir ao banheiro ou parar e sair do carro por um momento são outras estratégias para ‘driblar’ o problema.
Outras causas comuns são as cirurgias ortopédicas, oncológicas e ginecológicas, como procedimentos de joelho e quadril. Esses pacientes são tratados como grupo de risco e devem ficar atentos a qualquer sinal de alteração na circulação sanguínea.
Trombose na perna: o que é, sintomas, causas e tratamento
As mulheres também precisam se atentar aos sintomas de trombose. Isso porque uma das principais causas da complicação é o uso de hormônios, como as famosas pílulas anticoncepcionais. Na faixa entre 20 e 40 anos, o risco é ainda maior.
A trombose também pode ser causada por um estilo de vida pouco saudável, o que inclui o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo.
Tipos de trombose
Se tratada direitinho, nem toda trombose é motivo para perder noites de preocupação. Em muitos casos, o próprio corpo soluciona a condição. É o que acontece na trombose aguda, quando os coágulos que entopem as veias são dissolvidos naturalmente, sem deixar sequelas ou acarretar problemas mais graves.
No entanto, nem sempre é assim tão simples. A trombose crônica é o tipo mais preocupante da doença e deixa sequelas no paciente. Isso ocorre quando, durante o processo de dissolução do coágulo, a estrutura das válvulas presente no interior das veias se danificam.
Com os danos, o retorno do sangue fica prejudicado. O resultado disso é o aparecimento de inchaço, varizes e escurecimento e endurecimento da pele. A condição crônica também pode levar a feridas na região afetada e outras complicações.
Trombose na perna: o que é, sintomas, causas e tratamento
Como tratar
Se o paciente já percebeu alguns sintomas que apontam para um possível diagnóstico de trombose, é hora de procurar ajuda médica. Se comprovada a condição, o tratamento deve começar de maneira imediata, a fim de impedir o crescimento do coágulo sanguíneo, ‘barrar’ uma possível embolia e reduzir as chances de recorrência da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento é comumente feito com o uso de medicamentos e alternativas complementares. São alguns deles:
Uso de meias de compressão para melhorar o edema;
Administração de diluidores de sangue, como anticoagulantes;
Inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões;
Em casos mais graves, como uma embolia pulmonar, utiliza-se medicamentos conhecidos como heparina
Este conteúdo é apenas informativo. Em caso de sintomas, procure um médico.
Adcionar comentário