Os pedidos foram enviados à Corregedoria da Casa. As medidas precisam ser votadas pelo Conselho de Ética da Casa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, enviou os pedidos de afastamento, por até seis meses, de cinco deputados da oposição que participaram do motim no Congresso Nacional e de uma deputada acusada de agressão. Os pedidos foram enviados à Corregedoria da Casa. As medidas precisam ser votadas pelo Conselho de Ética da Casa.
partidos
Os oposicionistas são do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Bolsonaro, e do Novo, e participaram da ocupação da Mesa Diretora da Câmara, obstruindo a retomada dos trabalhos legislativos. Já a deputada do PT é acusada de agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Quem são
Os deputados citados são Marcos Pollon (PL-MS); Zé Trovão (PL-SC); Júlia Zanatta (PL-SC); Marcel van Hattem (Novo-RS); Paulo Bilynskyj (PL-SP); e Camila Jara (PT-MS). A decisão foi tomada pela Mesa Diretora da Câmara após reunião nesta sexta (8).
Acusações e defesas
Ainda nesta sexta (8), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou à Mesa Diretora um ofício em que pedia a abertura de processo disciplinar e a suspensão cautelar de cinco parlamentares bolsonaristas. A suspensão de Camila Jara foi pedida por deputados oposicionistas.
Deputado diz ser autista
Último a levantar-se da cadeira da Presidência da Câmara, Pollon é acusado de impedir a retomada dos trabalhos e de xingar Motta dias antes. Em postagem nas redes sociais, Pollon alega ser “autista” e não entender o que estava acontecendo, sentando-se momentaneamente na cadeira de Motta para pedir conselhos a Van Hattem.
Acusações
Zé Trovão, conforme o PT, o PSB e o PSOL, é acusado de tentar impedir fisicamente o retorno de Motta à Mesa Diretora. Zanatta é acusada de usar a filha de quatro meses como “escudo”, além de colocar a bebê em ambiente de risco e de tensão. Bilynskyj é acusado de “tomar de assalto e sequestrar” a Mesa Diretora do Plenário e de ocupar a Mesa da Comissão de Direitos Humanos.
Sem manifestação
Zé Trovão, Zanatta e Bilynskyj não tinham se manifestado nas redes sobre a decisão de Motta até o momento. Na sessão de quinta (7), Zé Trovão disse não ter incentivado a violência, apenas tentado impedir a retirada de parlamentares à força.
Resposta
Van Hattem postou um trecho do Hino Nacional. Em vídeo anterior, disse que uma eventual suspensão do mandato pedida pelo PT seria golpe. Em relação a Camila Jara, a parlamentar é acusada de empurrar Nikolas Ferreira durante uma discussão para a retomada do controle do plenário da Câmara. A assessoria da deputada nega qualquer agressão. (Fonte: Agência Brasil)
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