Diretor estatutário do grupo Fast Shop também foi detido

Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para desarticular um esquema de corrupção — envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda — resultou na prisão do dono e fundador da Ultrafarma, Sidney OIiveira, na manhã desta terça-feira (12). A informação é da TV Globo.
O empresário do setor farmacêutico foi encontrado em casa, uma chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo.
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Conforme o MP-SP, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, incluindo o de um fiscal de tributos estadual, apontado como o principal operador do esquema, e os de dois empresários, sócios de empresas beneficiadas com decisões fiscais irregulares.
Além das prisões, os agentes dão cumprimento a diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.
Quem são os presos?
Conforme apuração da TV Globo, o auditor, chamado Artur Gomes da Silva Neto, é supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Fazenda estadual paulista.
Outro preso é o diretor estatutário do grupo Fast Shop Mario Otávio Gomes, que foi encontrado em um apartamento na Zona Norte de São Paulo. A reportagem também procurou a Fast Shop, mas não havia obtido retorno.
Além das prisões, os agentes cumprem diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.
Na casa de um dos investigados no esquema, em Alphaville, alvo de busca e apreensão, promotores e policiais encontraram e apreenderam dinheiro vivo e pacotes de esmeralda.
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Manipulação de processos
Segundo investigações, o fiscal utilizava manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em contrapartida, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. Constatou-se também que o fiscal já recebeu, até este momento, mais de R$ 1 bilhão em propina.
A operação é fruto de meses de trabalho investigativo, com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As diligências seguem em andamento.
A reportagem procurou a empresa e a Secretaria de Estado da Fazenda, mas não haviam obtido retorno até a última atualização deste texto. A defesa do empresário ainda não se pronunciou sobre o assunto e o espaço segue aberto.
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