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Colombiana é a primeira do mundo a passar por cirurgia contra depressão crônica

Após sofrer duas décadas entre crises de ansiedade e episódios de depressão, a administradora de empresas Lorena Rodríguez, 37, teve a vida retomada por um procedimento inédito no mundo. Ela passou por uma cirurgia de estimulação cerebral profunda com quatro eletrodos. O procedimento foi realizado em abril, em Bogotá, pelo neurocirurgião colombiano William Contreras. 

O procedimento começou com um mapeamento detalhado do cérebro, feito por exames de ressonância magnética

Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br
14 de Agosto de 2025 – 09:52

(Atualizado às 09:58)
Lorena Rodríguez foi operada no Hospital Internacional da Colômbia
Legenda: Lorena Rodríguez foi operada no Hospital Internacional da Colômbia
Foto: Divulgação/Willam Contreras

Após sofrer duas décadas entre crises de ansiedade e episódios de depressão, a administradora de empresas Lorena Rodríguez, 37, teve a vida retomada por um procedimento inédito no mundo. Ela passou por uma cirurgia de estimulação cerebral profunda com quatro eletrodos. O procedimento foi realizado em abril, em Bogotá, pelo neurocirurgião colombiano William Contreras.

“Era como viver por obrigação, no piloto automático. Sentia tristeza, vazio e uma ansiedade que não passava. Mesmo em momentos que deveriam ser felizes”, contou ela ao g1. 

 

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Lorena conheceu o trabalho de Contreras ao acompanhar a sobrinha em uma consulta com o neurocirurgião. Ao saber que ele também operava casos de transtornos do humor, mandou mensagem para o médico no final de 2024 e relatou o caso.

Implantação de eletrodos

Na cirurgia foram implantados eletrodos na área subgenual do córtex cingulado (SCG25) — uma região associada à tristeza profunda — e no braço anterior da cápsula interna, uma via que conecta áreas do pensamento racional a estruturas emocionais, como o núcleo accumbens.

Até a cirurgia de Lorena, não havia nenhuma publicação científica relatando procedimentos similares.

O procedimento começou com um mapeamento detalhado do cérebro, feito por exames de ressonância magnética e uma técnica chamada tractografia, que mostra como as fibras nervosas se conectam. A partir das imagens, os médicos fazem a identificação dos pontos exatos onde será feita a estimulação.

Em seguida, são implantados eletrodos, fios muito finos, com precisão de milímetros em áreas profundas do cérebro. Esses eletrodos são ligados a um neuroestimulador, um pequeno aparelho colocado no tórax, que envia impulsos elétricos constantes para “regular” a atividade dos circuitos cerebrais.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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