Sem a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, líderes dos EUA e da Rússia se reúnem nesta sexta (15), a partir das 16h, em uma base militar no Alasca para tratar de cessar-fogo na guerra.

“Será como uma partida de xadrez.”
A declaração, feita pelo presidente dos Estados Unidos na quinta-feira (14), traduz o clima que marca a primeira cúpula entre Estados Unidos e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Donald Trump e Vladimir Putin, protagonistas centrais do atual tabuleiro geopolítico, se encontrarão novamente nesta sexta-feira (15) em um evento que, segundo Putin, pode ter o potencial de “selar a paz mundial”. No entanto, um único movimento equivocado pode comprometer as chances de encerrar, em breve, um dos conflitos mais prolongados dos últimos anos.
A reunião, marcada para as 16h (horário de Brasília) em uma base militar no Alasca, não contará com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ausente a pedido de Putin, que propôs o encontro com Trump. Será o primeiro encontro a sós entre ambos desde 2018, quando, durante a cúpula bilateral, Putin convenceu Trump a adotar a versão russa sobre a suposta interferência nas eleições dos EUA, contrariando a própria CIA.
A imprensa dos EUA avalia que um Trump mais autoritário e experiente pode enfrentar Putin de forma mais direta. Apesar das recentes críticas mútuas, ambos demonstraram otimismo na véspera do encontro. Putin elogiou os “esforços sinceros” de Washington para encerrar a guerra e afirmou que a “paz mundial” depende de um acordo para limitar armas estratégicas, incluindo nucleares, insinuando uma troca por um cessar-fogo na Ucrânia.
Nos últimos dias, Trump alternou entre otimismo e cautela, dizendo acreditar que Putin fará um acordo, mas ressaltando que “nada está garantido” e comparando a reunião a “uma partida de xadrez”. Apesar da autoconfiança, ele e seu governo reduziram as expectativas para o encontro.
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