Gentil Linhares, Cristiano Maia e Tom Prado falam sobre água, licença ambiental, relações com o governo e tarifaço de Trump
Escrito por
Egídio Serpaegidio.serpa@svm.com.br
16 de Agosto de 2025 – 07:18
(Atualizado às 07:37)
Legenda: Obras de duplicação do sifão dos Eixão das Águas, empreendimento que dobrará a oferta hídrica à Região Metropolitana de Fortaleza
Foto: Tom Prado
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Esta coluna aproveitou o dia santificado de ontem para ouvir o que pensam empresários cearenses da indústria e do agro a respeito dos temas políticos, econômicos e sociais da atualidade e que mais de perto interessam aos seus negócios, incluindo a oferta hídrica para a agricultura irrigada, a burocracia do licenciamento ambiental, as relações do empresariado com o governo estadual e, naturalmente, a repercussão do tarifaço nos setores exportadores do Ceará.
Gentil Linhares, da Bomar; Cristiano Maia, do Grupo Samaria; e Tom Prado, da Itaueira Agropecuária, deram respostas às seguintes perguntas:
O agro cearense depende 100% da água da chuva para a recarga dos seus açudes. Diante dessa dependência, o senhor se sente seguro em investir na agropecuária cearense?
Gentil Linhares: “Sim, mesmo porque acompanho o esforço dos governos do estado e da União no sentido de acelerarem as obras de duplicação do Eixão das Águas e do conjunto de bombas da Estação Elevatória de Salgueiro.”
Cristiano Maia: “Sinto-me muito seguro, e tanto é assim que sigo investindo na carcinicultura no território cearense, ao mesmo tempo que estou ampliando a fábrica da Samaria Rações, em Fortaleza, cuja produção será triplicada dentro de menos de um ano.”
Tom Prado: “Nossa confiança é plena. Neste momento, a Itaueira trabalha para iniciar, daqui a 15 dias, a colheita da primeira safra de melão Rei no nosso novo projeto cearense, cuja área é irrigada com água do Eixão das Águas, outorgada pela Cogerh. O Projeto São Francisco amplia nossa confiança e nossa segurança. E as obras de duplicação do sifão do Eixão das Águas, que prosseguem em boa velocidade, também nos transmitem essa segurança e essa confiança.”
“Há queixas sobre o excesso de burocracia quanto ao licenciamento ambiental, o que tem atrasado o desenvolvimento de projetos do agro no Ceará. Esta questão está hoje melhor ou pior?
Gentil Linhares: “Muito melhor. O governador Elmano de Freitas, ele mesmo, adotou medidas que abreviaram o tempo e as exigências da Semace, principalmente as dos empreendimentos dos pequenos produtores de camarão. Foi um ganho importante.”
Cristiano Maia: “Mostrando muita sensibilidade com o lado social da carcinicultura, o governador Elmano prometeu, e cumpriu em curto tempo, a desburocratização do licenciamento ambiental das áreas de produção dos pequenos carcinicultores. Foi uma sábia decisão que agora está mudando para melhor a vida de centenas de famílias no interior do Ceará”.
Tom Prado: “Temos observado, pessoalmente, que há uma clara disposição da Secretaria do Meio Ambiente e da Semace de acelerar os processos de licenciamento ambiental para os diferentes setores da economia agrícola do nosso estado. E isto é fruto da sensibilidade do governador Elmano de Freitas e dos que, sob seu comando, executam a política ambiental do governo.
Como o senhor encara o problema das empresas exportadoras do Ceará castigadas pelo tarifaço de 50%, imposto a elas pelos EUA?
Gentil Linhares: “O governo cearense já tem um plano para reduzir os efeitos do tarifaço. Ele anunciou que o governo comprará parte do pescado que era exportado para os EUA, liberará créditos tributários e, com o apoio do governo federal, adotará medidas para a manutenção dos empregos. Entendo que, também neste particular, o governador Elmano está agindo acertadamente.”
Cristiano Maia: “Espero que esse tarifaço tenha pouco tempo de duração, porque ele aflige a vida de milhares de grandes e pequenas empresas no Ceará e em todo o país. E põe em risco o emprego de milhares de trabalhadores. Foi uma decisão que ameaça prejudicar parte da dinâmica economia brasileira.”
Tom Prado: “Neste momento, meu olhar dirige-se para dezenas de milhares de pessoas que, somente no Polo Fruticultor Petrolina-Juazeiro, estarão impedidas de exportar para os EUA sua safra de manga que começará a ser colhida agora. Por isto, torço para que o governo dos EUA reveja sua decisão em pouco tempo, pois, se ela se estender por período longo, provocará prejuízos ainda não calculados.”
HELICÓPTEROS NO CEARÁ: A FROTA DO CIOPAER
Esta coluna publicou, no último dia, informações acerca da frota de helicópteros que sobrevoam o Ceará. E disse que há, aqui, 43 dessas aeronaves, 12 das quais pertenceriam à Ciopaer, vinculada à Polícia Militar.
Na verdade, são 9 (nove) helicópteros pertencentes à Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE).
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