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Oferta de água no Ceará dobrará em 2026, um ano eleitoral

Seguem aceleradas as obras de duplicação do Eixão das Águas, que dobrara a oferta hídrica para as cidades jaguaribanas e a RMF

Estará pronta a duplicação do sifão do Eixão das Águas e do conjunto de bombas da Estação Elevatória de Salgueiro, do Projeto São Francisco.

Escrito por

Egídio Serpaegidio.serpa@svm.com.br

19 de Agosto de 2025 – 08:42

(Atualizado às 08:52)

Egídio Serpa

Legenda: Seguem aceleradas as obras de duplicação do Eixão das Águas, que dobrara a oferta hídrica para as cidades jaguaribanas e a RMF

Foto: Tom Prado

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Esta coluna divulgou ontem a informação de que, em 2026, haverá o La Niña, fenômeno da natureza que costuma vir com intensas chuvas para Região Nordeste e com severos estios no Sul e Sudeste do Brasil, castigando, também, a Argentina.

Atualizando a informação, chega outra, dando conta de que a NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration, na sigla em inglês, agência científica e reguladora norte-americana responsável por monitorar e prever o clima e as condições oceânicas, por mapear oceanos e mares, por conduzir pesquisas marinhas e por gerenciar recursos, de acordo com o Google – está prevendo uma alta probabilidade de que os nordestinos tenhamos mesmo um La Niña no próximo ano, em vez de um El Niño.

A informação acrescenta: as chances de desenvolver-se um La Niña são maiores para o fim deste ano de 2025 e início de 2026. Algumas projeções indicam que ele deve ser um evento de intensidade fraca e de curta duração, e é aqui que reside a grave expectativa, uma vez que é necessário que se recarreguem os grandes açudes do Ceará, como o Castanhão, que represa hoje 27% de sua capacidade total de 6,5 bilhões de metros cúbicos de água. Isto requer chuvas intensas e bem distribuídas.

Mas há, ainda, outra informação que deve ser entendida e analisada como importante: neste momento, o oceano Pacífico, que estava em estado neutro (nem El Niño, nem La Niña), começou a apresentar um resfriamento em sua superfície. Esse resfriamento é uma das principais características do La Niña.

Estimam os estudiosos, e alguns dos melhores deles estão na Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que, se o fenômeno La Niña vier a confirmar-se, seus impactos no Brasil serão opostos aos do El Niño, que passou por aqui recentemente.

As principais mudanças esperadas incluem, na região Sul, redução das chuvas, com risco de secas e estiagens; nas regiões Nordeste e Norte, aumento das chuvas.

Mas não levem estas informações ao pé da letra, pois as previsões climáticas estão em constante atualização. As agências que monitoram essas mutações continuarão desenvolvendo o seu trabalho científico, acompanhando a evolução das condições do Pacífico para transmitir uma informação mais crível e precisa.

O produtor rural nordestino – o cearense em particular – depende 100% da água da chuva para plantar e colher sua safra. Mesmo aquele que utiliza água do subsolo para irrigar sua gleba está sujeito à chuva, pois é ela que recarrega o lençol freático. A atividade agrícola é, pois, total e permanentemente dependente da natureza, principalmente no solo nordestino.

Quem produz hoje na região do Vale do Jaguaribe conta, para a sua irrigação, com o Eixão das Águas, cuja capacidade de vazão está sendo duplicada pela ampliação do seu sifão, cujo volume saltará, no começo do próximo ano, dos atuais 11 metros cúbicos por segundo para 22 metros cúbicos por segundo.

Há mais novidade: até a primeira quinzena do próximo mês de setembro, a Enel Ceará Distribuição entregará uma nova linha de alta tensão que ligará a subestação de Chorozinho ao Distrito de São João do Aruaru, beneficiando a zona rural de Morada Nova e de municípios do seu entorno.

Com mais de 60 quilômetros de extensão, essa linha garantirá atividades agrícolas – incluindo as de irrigação – agroindustriais e industriais que criarão milhares de novos empregos. É um projeto para cuja execução o próprio governador Elmano de Freitas emprestou apoio pela importância econômica e dimensão social dos empreendimentos, todos tocados pela iniciativa privada, e ao qual o presidente da Enel, José Nunes, também está pessoalmente empenhado.

O Estado do Ceará, ainda no primeiro governo de Tasso Jereissati, nos idos dos anos 80 do século passado, imaginou, projetou e deu início à execução de um ousado programa de recursos hídricos que, de tão inédito e relevante, foi e segue sendo desenvolvido pelas gestões que o sucederam – Ciro Gomes, Lúcio Alcântara, Cid Gomes, Camilo Santana e Elmano de Freitas, ou seja, cada um contribuindo com o que lhe coube.

É produto desse engajamento a rede de canais e adutoras que transportam água para diferentes regiões do estado. E o porvir é melhor ainda: a duplicação do conjunto de motobombas da Estação Elevatória de Salgueiro (PE) e o Ramal do Salgado, obras em execução, multiplicarão por dois a vazão do Projeto São Francisco para o Ceará, a Paraíba e o Rio Grande do Norte – dos 25 metros cúbicos por segundo de hoje, para 50 metros cúbicos por segundo.

Tudo está pronto no tão aguardado e emblemático ano de 2026. Um ano eleitoral.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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