Suspeito admitiu participação no crime ocorrido em 15 de agosto, quando as vítimas foram mortas a facadas na Praia dos Milionários, em Ilhéus.

Dez dias após o brutal assassinato de três mulheres em Ilhéus, no sul da Bahia, um homem confessou participação no crime nesta segunda-feira (25). A confissão ocorreu durante audiência de custódia no Fórum de Ilhéus, onde ele respondia por outro homicídio, do próprio companheiro. O nome do suspeito não foi divulgado, assim como a motivação do crime.
O caso
As vítimas, Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41, e Mariana Bastos da Silva, de 20, foram mortas a facadas em 15 de agosto. Elas haviam saído juntas para passear com o cachorro na Praia dos Milionários, uma das mais conhecidas da cidade. Como não retornaram para casa, familiares e amigos iniciaram buscas, e os corpos foram encontrados no dia seguinte em uma área de vegetação próxima à orla.
O cachorro foi localizado amarrado a uma árvore, ao lado das vítimas. Segundo a perícia, as mulheres foram atingidas por golpes de faca e cacos de vidro, principalmente na região do pescoço, em cortes que apresentavam o mesmo padrão, o que reforça a hipótese de ação de um único autor. O delegado responsável, Helder Carvalhal, informou que não havia sinais de violência sexual.
Investigações
A Polícia Civil já havia ouvido quatro pessoas no último domingo (24), que passaram por exames periciais, mas foram liberadas após depoimentos. Ainda não está confirmado se o homem que confessou o crime está entre esses investigados ou se é uma quinta pessoa.
Mais de 15 câmeras de segurança foram analisadas, mas a área onde os corpos foram encontrados é considerada um “ponto cego”, dificultando a identificação. A principal linha de investigação apontava inicialmente para a participação de pessoas em situação de rua ou usuários de drogas que ocupavam a região de mata.
Quem eram as vítimas
Alexsandra e Maria Helena eram vizinhas e atuavam como educadoras na rede municipal de ensino. Reconhecidas pelo trabalho e queridas pela comunidade escolar, eram constantemente procuradas por pais de alunos em busca de conselhos.
Mariana, filha de Maria Helena, tinha 20 anos e cursava Engenharia Ambiental. Assim como a mãe e a vizinha, morava em um condomínio localizado a apenas 200 metros da praia onde ocorreu o crime.
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