
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta terça-feira (26), o plano de trabalho que servirá de guia para as investigações sobre as fraudes no sistema previdenciário.
Uma das principais decisões foi ampliar o escopo da apuração para o período entre 2015 e 2025, abrangendo, portanto, os governos de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), prevê a convocação de ex-ministros da Previdência e de ex-presidentes do INSS.
O objetivo é ouvir gestores de diferentes épocas, com o intuito de rastrear responsabilidades e entender a evolução das irregularidades que marcaram a última década.
ROMBO DE R$ 6,3 BILHÕES
De acordo com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais feitos diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas. Esse é considerado um dos maiores escândalos já enfrentados pela Previdência Social, não apenas pelo impacto financeiro, mas também pelo prejuízo humano causado às vítimas.
PLANO DE TRABALHO APROVADO
1. Mapeamento do esquema fraudulento e seu modus operandi;
2. Identificação e responsabilização dos envolvidos;
3. Avaliação do impacto sobre as vítimas e o erário público;
4. Rastreamento do caminho do dinheiro desviado;
5. Análise das falhas institucionais e de fiscalização;
6. Propostas legislativas e medidas de prevenção para evitar novos casos.
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