Notícias

EUA tem plano pós-guerra para controle da Faixa de Gaza, revela jornal

O plano do governo dos Estados Unidos para o pós-guerra na Faixa de Gaza prevê o deslocamento de toda a população do território palestino, que ficaria sob o controle americano por 10 anos, visando torná-lo um polo turístico e tecnológico. A revelação foi feita pelo jornal Washington Post nesse domingo (31).

O jornal Washington Post revelou o que seria o planejamento do governo americano para o território palestino

Escrito por
01 de Setembro de 2025 – 09:28

(Atualizado às 10:19)
Esta imagem, tirada de uma posição no sul de Israel ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 6 de maio de 2025, mostra edifícios em Gaza destruídos durante a guerra entre Israel e o grupo militante Hamas, Ilustrando plano pós-guerra dos EUA para Gaza
Legenda: Governo americano planeja reconstruir o local e transformá-lo em um destino turístico e tecnológico
Foto: JACK GUEZ / AFP

O plano do governo dos Estados Unidos para o pós-guerra na Faixa de Gaza prevê o deslocamento de toda a população do território palestino, que ficaria sob o controle americano por 10 anos, visando torná-lo um polo turístico e tecnológico. A revelação foi feita pelo jornal Washington Post nesse domingo (31).

O projeto de 38 páginas, ao qual o veículo teve acesso, detalha que os cerca de 2 milhões de habitantes da cidade devem se mudar para outros países ou áreas seguras no território, enquanto durar a reconstrução. Os que concordarem em sair receberiam 5 mil dólares (aproximadamente R$ 27.129), além de quatro anos de auxílio-aluguel e um ano de alimentos.

Proprietários de terras ganhariam “tokens digitais” para financiar uma nova vida em outro lugar, ou para serem trocados por um apartamento em uma das seis ou oito novas “cidades inteligentes impulsionadas por inteligência artificial” que deverão ser construídas na Faixa de Gaza.

O plano prevê ainda que o território palestino seria administrado por 10 anos pelo chamado Fundo para a Reconstrução, Aceleração e Transformação Econômica de Gaza (GREAT Trust), antes de ele dar lugar a uma “entidade palestina reformada e desradicalizada”.

Segundo o Washington Post, o projeto foi desenvolvido por israelenses que estão por trás da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização privada apoiada por Israel e Estados Unidos, criada para distribuir ajuda alimentar, e é alvo de críticas.

Procurado pela agência de notícias AFP, o Departamento de Estado americano não respondeu sobre o assunto.

 

Veja também

 

‘Limpeza étnica’

Em fevereiro deste ano, o presidente americano Donald Trump lançou a ideia de os Estados Unidos assumirem o controle da Faixa de Gaza, para transformá-la na “Riviera do Oriente Médio” após a saída dos habitantes, que poderiam ser deslocados para o Egito e a Jordânia.

Aplaudido pela extrema-direita israelense, o plano foi rejeitado pelos países árabes e pela maioria dos países ocidentais, e a ONU alertou para uma “limpeza étnica” na Faixa de Gaza.

Avatar

Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

Adcionar comentário

Clique aqui para postar um comentário