Participantes debateram possibilidades de articulações visando participação no pleito
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O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) reuniu representantes do bloco de oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) e ao prefeito Evandro Leitão (PT) com base eleitoral em Fortaleza, na última sexta-feira (29). O encontro ocorreu em seu gabinete e, segundo alguns dos presentes, teve como pauta a conjuntura política visando a Eleição de 2026.
Nos registros, divulgados somente nessa segunda-feira (1º), aparecem, numa mesa junto ao líder tucano, o deputado estadual Pedro Gomes (Avante) e os vereadores fortalezenses Inspetor Alberto (PL), Marcelo Mendes (PL), Priscila Costa (PL), Jorge Pinheiro (PSDB) e PP Cell (PDT).
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Nessa segunda, ao PontoPoder, Inspetor Alberto afirmou que, apesar de ter ocorrido na última semana, “o grupo só decidiu para divulgar hoje”. Segundo o político, o encontro rendeu “muito assunto” e “foi das 17h às 20h30”, tendo como foco questões “sobre o governo” e o pleito que se aproxima.
Para Priscila Costa, líder da oposição na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), a reunião “demonstra o reconhecimento que o ex-governador tem que a oposição municipal de Fortaleza tem um protagonismo definidor para o futuro da cidade e do estado”.
“Nossa oposição é multipartidária e reconhecemos a importância do diálogo e da relevância que é ouvir e caminhar perto de pessoas com o nível de experiência e conhecimento sobre o estado que é o ex-senador Tasso Jereissati”, afirmou Costa.
Aliança e disputa pelo Governo do Estado
Marcelo Mendes, por sua vez, disse que ele e os colegas foram procurar Tasso porque estão “articulando e trabalhando essa união”. “Queremos que essas forças todas estejam reunidas”, comentou o parlamentar, se referindo a uma composição de siglas do centro, da centro-direita e direita.
Mendes reforçou que o rol de temas discutidos foi amplo: “Tratamos de tudo, desde o impacto das sanções do Governo Trump na política e economia brasileira, tratamos da política nacional e depois viemos para a eleição no Ceará”.
“Ficou certo que marcharemos, que torna energia será dedicada a marcharmos juntos”, desenvolveu, revelando uma “natural atenção” ao nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) para o Palácio da Abolição.
Especialmente sobre a participação de Ciro na eleição para o Governo do Estado, o deputado estadual em exercício Pedro Gomes também enfatizou o nome do membro do clã Ferreira Gomes.
“O que a gente tem visto é o nome do Ciro Gomes crescido em termos de adesão, tanto na população como com lideranças políticas. É quem acabará sendo um dos mais cotados para essa candidatura ao nível estadual”, citou.
Quanto a formação de um projeto político comum entre as siglas que demarcam oposição, o parlamentar mencionou que é “bem provável que exista uma união entre os partidos”. “Isso foi posto na mesa, com o objetivo comum de derrotar o PT em 2026. Há mais convergências do que divergências [no grupo de oposição]”, classificou.
Jorge Pinheiro considerou o momento como “excelente”. “Conversamos sobre os diversos cenários políticos do ano que vem e sobre os próximos movimentos que iremos tomar juntos. Falamos sobre os possíveis nomes para 2026, entre eles o nome de Ciro Gomes e do Roberto Cláudio foram pautados como excelentes opções”, admitiu.
Ele ponderou: “Não tratamos da filiação do Ciro Gomes ao PSDB ou outro partido, pois o Ciro não estava presente”. “Esperamos contar com PSDB, PL, União, Progressistas e outros partidos e políticos que também vêm conversando regularmente”, finalizou.
Ciro em 2026 foi tema destacado
Interlocutores ligados aos envolvidos no encontro político informaram ao Diário do Nordeste que a eventual candidatura de Ciro foi um dos temas de maior atenção na reunião. O lançamento dele estaria condicionada à sua filiação a um dos partidos do bloco oposicionista e o desdobramento de alianças com o União Brasil e o Progressistas.
“Ciro está na dependência do PSDB e a oficialização da federação do União com o PP”, descreveu uma fonte, que também falou sobre a possibilidade do Partido Liberal, que passará a ser liderado pelo deputado federal André Fernandes (PL) a partir de setembro, compor uma frente de oposição no Ceará.
Outra fonte alegou que o postulante será Ciro e que isso tem sido considerado pelo PSDB como algo concreto. A decisão, pelo que argumentou o interlocutor, teria até mesmo o apoio do ex-prefeito Roberto Cláudio (sem partido), prestes a se filiar ao União.
União e Progressitas formalizaram, no mês passado, uma federação. As siglas, entretanto, ainda negociam a saída da base do Governo Lula nacionalmente e a definição sobre apoios nos estados. No Ceará, por exemplo, o Progressistas ocupa cargos no Governo Elmano e apoia a gestão em votações na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Já a oficialização de Ciro em um dos partidos de oposição é dada como certa no Partido da Social Democracia Brasileira — o que seria um retorno, uma vez que ele esteve na legenda entre 1990 e 1997 — e envolveria justamente a sua participação como postulante ao cargo de governador do Ceará.
A reportagem acionou todos os que participaram da reunião, incluindo o ex-senador Tasso Jereissati (por meio da sua assessoria de imprensa), não houve outras respostas até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja alguma nova devolutiva.
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