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Oposição cearense ganha força após racha da União Progressista com Lula, mas há reações

A determinação nacional da Federação União Progressista (formada por União Brasil e Progressistas) de devolver, em até 30 dias, todos os cargos ocupados no governo Lula provocou impacto imediato no tabuleiro político cearense. A medida foi recebida com entusiasmo pela ala de oposição ao governo Elmano de Freitas (PT), que viu no movimento a oportunidade de fortalecer a defesa de que a federação marche oficialmente contra o PT nas eleições de 2026. 

Esta quarta-feira (3) foi de repercussões da decisão nacional do maior conglomerado partidário do País para 2026

Escrito por

Inácio Aguiarinacio.aguiar@svm.com.br

04 de Setembro de 2025 – 07:00

Inácio Aguiar

Legenda: Na terça-feira (2), o comando da Federação anunciou a saída do governo Lula

Foto: Reprodução/TV Câmara

A determinação nacional da Federação União Progressista (formada por União Brasil e Progressistas) de devolver, em até 30 dias, todos os cargos ocupados no governo Lula provocou impacto imediato no tabuleiro político cearense. A medida foi recebida com entusiasmo pela ala de oposição ao governo Elmano de Freitas (PT), que viu no movimento a oportunidade de fortalecer a defesa de que a federação marche oficialmente contra o PT nas eleições de 2026.

No Ceará, a situação é peculiar. A bancada da federação na Câmara se divide entre os governistas Moses Rodrigues e Fernanda Pessoa, do União Brasil, além de AJ Albuquerque (PP), e oposicionistas: Danilo Forte e Dayany Bitencourt (União).

Essa fragmentação interna alimenta uma disputa pelo comando da federação no Estado, hoje marcada pelo embate entre dois nomes: Capitão Wagner, que desponta como referência da oposição, e Moses Rodrigues, favorito da ala governista.

Comando nacional anunciou medida em coletiva

O anúncio nacional, feito pelos presidentes Antônio de Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (Progressistas), determina punição para quem descumprir a devolução dos cargos, incluindo o afastamento imediato dos desobedientes.

A rigidez da medida acendeu ainda mais a chama da disputa interna no Ceará.

Reações na Assembleia Legislativa

A temperatura subiu nesta quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Felipe Mota (União) foi à tribuna reclamar de possíveis interferências externas, insinuando que setores ligados ao governo Elmano estariam tentando influenciar a posição da federação.

“Cuidem do partido de vocês. Do nosso, cuidamos nós”, disparou o parlamentar, um dos membros da oposição ao governo na Casa.

Nos bastidores, avaliação é que a recomendação encoraja a ala de oposição a assumir o comando estadual da federação.

Deputado cearense diz que PP segue com Elmano

Em entrevista ao PontoPoder, em Brasília, o deputado federal AJ Albuquerque declarou que o PP segue no apoio ao governo do estado no Ceará.

Essa declaração já é uma reação aos movimentos recentes. E traz mais elementos: a citação de apoio a Moses Rodrigues ao Senado, uma costura por meio da qual o governismo tenta atrair a federação.

Governistas avaliam o cenário

Para o grupo governista, o episódio nacional gera o risco de ver a sigla local, com grande força política e tempo de rádio e tv, escapar do controle e se tornar base de uma candidatura oposicionista robusta em 2026.

Enquanto Brasília redesenha a geopolítica partidária com a saída formal da base de Lula, no Ceará o movimento acirra a disputa por espaço, alimenta discursos e deixa claro que a federação se tornou peça central no xadrez político de 2026.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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