O ex-ministro da Integração Nacional e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), voltou ao centro das atenções políticas e judiciais. A Advocacia do Senado protocolou um pedido à Justiça Eleitoral do Ceará solicitando a prisão preventiva de Ciro, sob a alegação de que ele estaria reiterando “gravíssimas ofensas” contra a atual prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT), ex-senadora suplente do ministro da Educação, Camilo Santana.
O pedido, apresentado na última quinta-feira, será analisado pela 115ª Zona Eleitoral de Fortaleza. Trata-se de um desdobramento de uma ação movida pela Procuradoria Regional Eleitoral em 2024, período em que Janaína ainda exercia o mandato no Senado.
PRISÃO E MEDIDA ALTERNATIVA
A Advocacia do Senado argumenta que, além da prisão preventiva, o magistrado poderia aplicar medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou a obrigação de manter distância da vítima.
O juiz Victor Nunes Barroso, responsável pelo caso, encaminhou o processo à Polícia Federal, que deve investigar se as ações de Ciro configuram o crime de perseguição (stalking).
A defesa do pedetista, por sua vez, contestou a legitimidade da ação. Os advogados destacam que Janaína, atualmente prefeita, não exerce mais mandato legislativo, o que enfraqueceria o pedido de iniciativa do Senado. Argumentam ainda que não há fundamentos para prisão ou medidas restritivas, sustentando que Ciro apenas exerceu seu direito de “liberdade de expressão” ao fazer críticas políticas à adversária.
O caso amplia a tensão política no Ceará e reacende o debate sobre os limites entre discurso político e perseguição pessoal.
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