A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouviu, nesta segunda-feira (8/9), o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Ao ser questionado sobre quando tomou conhecimento das fraudes no órgão, Lupi afirmou que só teve dimensão do caso após o início das investigações da Polícia Federal.

“Infelizmente, não temos o poder da adivinhação. Nunca tivemos capacidade de mensurar o tamanho ou o volume do que esses criminosos fizeram no INSS. Foi apenas depois da investigação da PF que a situação ficou clara”, declarou.

Durante o depoimento, o ex-ministro também disse que sua saída do governo ocorreu em razão de uma “campanha política” contra ele.

“Ficou insustentável pela campanha política que se fez contra mim”, completou.

A CPMI é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a oitiva de Lupi tem grande potencial de desgaste para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que ele deixou a pasta em maio, após a operação da PF sobre os desvios.

Foram convidados a prestar esclarecimentos todos os ministros da Previdência dos últimos 10 anos, além de 12 ex-presidentes do INSS, para tratar especialmente das denúncias de descontos associativos indevidos.