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Veja como o 11 de Setembro transformou a geopolítica mundial

Na manhã de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos viveram um ataque que mudaria o curso da história. Às 8h46, o voo 11 da American Airlines atingiu a torre norte do World Trade Center, em Nova York. Pouco depois, às 9h03, outro avião, o voo 175 da United Airlines, colidiu com a torre sul, confirmando que não se tratava de um acidente.

Atentados de 2001 deixaram quase 3 mil mortos e alteraram segurança, política e relações internacionais

Torres do World Trade Center após ataques | Getty Images
Torres do World Trade Center após ataques | Foto: Getty Images

Na manhã de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos viveram um ataque que mudaria o curso da história. Às 8h46, o voo 11 da American Airlines atingiu a torre norte do World Trade Center, em Nova York. Pouco depois, às 9h03, outro avião, o voo 175 da United Airlines, colidiu com a torre sul, confirmando que não se tratava de um acidente.

 

Em pouco mais de uma hora, os símbolos do poder econômico americano ruíam diante das câmeras. A torre sul desabou às 9h59; a norte, às 10h28. Imagens de pessoas saltando de andares inalcançáveis chocaram o mundo. No total, quase três mil pessoas morreram, incluindo 343 bombeiros e 60 policiais. O Pentágono também foi atingido, deixando 184 mortos, enquanto na Pensilvânia o voo 93 caiu após passageiros reagirem, matando mais 40 pessoas.

Mudança na visão de guerra

O impacto dos atentados foi além das perdas humanas. Para Fernanda Magnotta, analista internacional da CNN, o episódio redefiniu o conceito de conflito.

“O 11 de Setembro ressignificou o conceito da guerra. Passamos a falar em guerras assimétricas, em ameaças que não vinham mais apenas de Estados rivais, mas de atores transnacionais, descentralizados e difíceis de combater “, afirmou.

Segundo a especialista, o ataque também rompeu a sensação de inviolabilidade americana: “O 11 de Setembro quebrou essa sensação de segurança e expôs uma vulnerabilidade inédita.”

Consequências globais

Os reflexos ultrapassaram os EUA. A política externa inaugurou a “guerra ao terror”, com invasões ao Afeganistão (2001) e ao Iraque (2003). A segurança cotidiana também mudou: controles rígidos em aeroportos, vigilância digital e novos protocolos internacionais passaram a fazer parte da rotina.

“O 11 de Setembro reorganizou o cotidiano do cidadão comum e a estratégia global de combate a ameaças “, destacou Magnotta.

Impacto econômico

Os danos foram imensos. Estima-se que os ataques tenham custado apenas US$ 500 mil para serem executados, mas provocaram prejuízos de US$ 123 bilhões nas primeiras semanas. Os danos no local do WTC chegaram a US$ 60 bilhões. O Congresso aprovou pacotes emergenciais de US$ 40 bilhões para segurança e US$ 15 bilhões para resgatar companhias aéreas.

O setor de seguros registrou US$ 9,3 bilhões em indenizações. Já a limpeza do Marco Zero mobilizou 3,1 milhões de horas de trabalho, custando US$ 750 milhões.

Segurança e inteligência

A tragédia levou à criação do Departamento de Segurança Interna, que unificou 22 agências, incluindo a Guarda Costeira e a Agência de Gerenciamento de Emergências. Foi implantado o Sistema Consultivo de Segurança e, em 2011, substituído pelo NTAS.

O professor de Relações Internacionais Gunther Rudzit explicou que a inteligência também passou por uma revolução:

Um ponto importante foi a reorganização da inteligência, reunir literalmente todo mundo em um prédio para ter a troca de informações mais efetiva.

Dois meses após os ataques, foi aprovado o Ato Patriótico, que permitiu ao governo captar e armazenar metadados de ligações e mensagens, uma mudança drástica para a vida dos americanos.

Memória e legado

No lugar das Torres Gêmeas, hoje funciona o Memorial e Museu do 11 de Setembro, espaço dedicado às vítimas e à preservação da memória. Passadas mais de duas décadas, as cicatrizes ainda moldam a política, a economia e a segurança global, provando que o 11 de Setembro não foi apenas um ataque aos EUA, mas um marco na geopolítica do século XXI.

Com informações CNN

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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