Aposentado após mais de 40 anos na Polícia, ele estava à frente da Secretaria de Administração de Praia Grande

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 68 anos, foi morto a tiros, na noite dessa segunda-feira (15), na Praia Grande, cidade do litoral paulista. Aposentado após mais de 40 anos na Polícia, ele exercia o cargo de secretário de Administração em Praia Grande desde 2023. As informações são do O Globo e da Polícia Civil de SP.
Ruy Ferraz Fontes foi executado na avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, no bairro Vila Mirim, por volta das 18 horas. Câmeras de segurança registraram quando o carro da vítima foi perseguido por um grupo de criminosos e acabou batendo em um ônibus. Os homens, então, desceram do veículo e atiraram em Ruy Ferraz Fontes.
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Segundo Arthur Dian, atual delegado-geral de São Paulo informou ao g1, foram disparados mais de 20 tiros durante a ação. O grupo fugiu. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), determinou mobilização da Polícia e a criação de uma força-tarefa para identificar e prender os criminosos.
“Estou estarrecido. É muita ousadia. Uma ação muito planejada, por tudo que me foi relatado. O delegado Ruy percebeu que estava sendo atacado, tentou escapar da emboscada, mas foi covardemente assassinado”, afirmou o governador, ao g1.
Em nota, a Secretaria da Segurança de SP lamentou a morte do delegado e informou que “policiais militares atenderam rapidamente à ocorrência e localizaram o veículo utilizado pelos criminosos. A cena foi preservada para a realização da perícia, e o caso está sendo registrado na Polícia Civil. Equipes estão em campo, realizando diligências e utilizando ferramentas de inteligência para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos”.
Também em nota de pesar, a Polícia Civil de São Paulo destacou a carreira de Ruy Ferraz Fontes. “Conduziu sua carreira com maestria e ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital – Decap e do Departamento de Narcóticos – Denarc, além de ter atuado em importantes unidades como o Deic e DHPP. Nossos sinceros sentimentos à família e amigos”.
Atuação contra o PCC
Conforme o jornal O Globo, o ex-delegado foi um dos mais atuantes contra o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Ferraz Fontes chegou a ser jurado de morte pela facção como uma “retaliação”. Ele decidiu transferir 15 lideranças da cúpula da facção em agosto de 2019 e chegou a mapear a estrutura do grupo.
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