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Patativa do Assaré é reconhecido como Patrono da Cultura Popular do Ceará

Um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) reconheceu o poeta popular, compositor, cantor e improvisador cearense Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, como Patrono da Cultura Popular do Estado. 

Poeta popular, compositor, cantor e improvisador cearense se destacou retratando em sua obra a realidade do sertão, com críticas sociais

Um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) reconheceu o poeta popular, compositor, cantor e improvisador cearense Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, como Patrono da Cultura Popular do Estado.

A proposta foi apresentada pelo deputado estadual De Assis Diniz (PT), com coautoria de Nizo Costa (PT) e Danniel Oliveira (MDB). Agora, o projeto segue para sanção do governador Elmano de Freitas (PT). Na justificativa da proposta, De Assis diz que Patativa foi “um gigante da cultura popular nordestina”.

“Sua poesia, rica em metáforas e linguagem coloquial, abordava desde a seca e a pobreza até o amor, a fé e a esperança do povo sertanejo. Patativa também era um mestre da improvisação, capaz de tecer versos instantâneos sobre qualquer tema. Reconhecido por seu talento, recebeu diversos prêmios e títulos, como o Prêmio Jabuti e a Ordem do Mérito Cultural. Em 1970, foi eleito ‘Príncipe dos Poetas Nordestinos’ em concurso realizado no Recife”, destaca De Assis.

O deputado ainda aponta que Patativa do Assaré deixou um legado inestimável para a cultura brasileira. “Sua obra permanece viva, ecoando a voz do sertão e inspirando novas gerações de artistas e poetas”.

Mais sobre Patativa do Assaré

Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, nasceu em 5 de março de 1909, em Assaré, no Ceará. Filho de agricultores pobres, perdeu a visão de um olho na infância e aos oito anos já trabalhava na roça para ajudar a família. A educação formal durou pouco, o que não impediu a atuação na poesia.

Aos doze anos, Patativa fez seus primeiros versos e aos dezesseis, ganhou da mãe sua viola. Aos vinte anos, ganhou o apelido “Patativa”, em homenagem ao canto melodioso do pássaro. Em 1956, “Inspiração Nordestina”, lançou seu primeiro livro de poesias. Obras como “Cante Lá que Eu Canto Cá”, “Ispinho e Fulô” e “Aqui Tem Coisa” consolidaram Patativa como um dos maiores nomes da literatura popular brasileira. Ele faleceu em 8 de julho de 2002, aos 93 anos.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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