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Ceará perde mais de 2,6 mil vagas e mercado de trabalho tem pior março desde a pandemia

Os setores de serviços e comércio cearenses perderam, juntos, 3.036 postos de trabalho formal em março deste ano, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além desses, a agropecuária também teve perda de 324 vagas no período.

Apesar do número negativo, o Ceará acumula geração de 3,4 mil vagas de emprego no mercado formal em 2025

Escrito por
Ingrid Coelhoingrid.coelho@svm.com.br
02 de Maio de 2025 – 16:14

Legenda: No comércio cearense, a perda foi de 850 postos de trabalho em março deste ano
Foto: Ismael Soares

Os setores de serviços e comércio cearenses perderam, juntos, 3.036 postos de trabalho formal em março deste ano, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além desses, a agropecuária também teve perda de 324 vagas no período.

Dos cinco setores analisados, apenas a indústria cearense contratou mais do que demitiu em março, gerando um saldo positivo de 765 postos formais. A construção civil perdeu 26 vagas.

Considerando todos os setores juntos, o mercado de trabalho cearense ficou negativo em março, com 2.621 vagas a menos. Apesar do número no terceiro mês do ano, o saldo de empregos no Ceará em 2025 ainda é positivo (+3,4 mil vagas), mostrando que o mercado formal no Estado está contratando mais do que demitindo.

Dentro do setor de serviços, que perdeu 2.186 vagas, o subitem “Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos a Terceiros” concentrou a maior parte da perda de postos de trabalho. O segmento, pontuado nos dados do Caged, representa a mão de obra terceirizada no Ceará. Vladyson Viana, secretário do Trabalho do Ceará, afirma que os números de março ocorreram pela rotatividade de contratos administrativos.

 

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“Eu tenho convicção de que se trata de um ajuste de lógica de mercado e logo essas vagas serão repostas. Não se tata de uma planta industrial que fechou ou algo assim, mas de um ajuste de contratos administrativos”, detalha Viana.

Sobre o acumulado do ano, Viana destaca que a trajetória é de crescimento e expansão e que o Governo do Ceará tem dialogado com todos os setores produtivos, que estão em crescimento. “O Estado tem adotado uma política arrojada de atração de investimentos privados”, frisou.

Comércio tem 850 vagas a menos

No comércio cearense, a perda foi de 850 postos de trabalho, com destaque negativo para o fechamento de postos de trabalho no varejo supermercadista, segundo o Caged.

Para Viana, a sazonalidade explica o dado negativo. “Há um aquecimento no fim do ano e no início do ano esses números desaceleram. Acredito que logo devem ser retomadas também essas contratações”, disse o secretário.

O presidente do Sindicato Varejista de Maquinismos, Ferragens e Tintas de Fortaleza (Sindimac) e do Sindicato do Comércio Varejista de Fortaleza, Cid Alves, também acredita que a situação é sazonal e que logo os números do Caged mostrarão a reposição dessas vagas, sobretudo considerando a movimentação esperada para o Dia das Mães.

“O comércio de material de construção sofre com a quadra chuvosa e o varejo como um todo também, porque as pessoas saem menos para fazer compras. Para nós, há uma perda de faturamento e consequentemente há desemprego. A partir de maio a gente retoma essas vagas, com o Dia das Mães devendo movimentar R$ 422 milhões no comércio. Além disso, o sol também deve melhorar as vendas do setor de material de construção e o fluxo no comércio em geral”, avalia Cid Alves.

A indústria, por outro lado, se destacou na geração de postos de trabalho em março deste ano, com 765 vagas a mais. Dentro do setor, o têxtil se sobressai, com destaque para a confecção de artigos de vestuário e acessórios, com 140 postos criados, e preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com 181 postos.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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