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INSS quer fechar brechas para fraudes, fará revisão de benefícios e estuda fim do aval para empréstimo consignado

O escândalo de desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas levou o novo comando do INSS a adotar e estudar medidas para frear a onda de fraudes em benefícios que passam pelos corredores da instituição.
Gilberto Waller, presidente do INSS

O escândalo de desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas levou o novo comando do INSS a adotar e estudar medidas para frear a onda de fraudes em benefícios que passam pelos corredores da instituição.

Uma das medidas é uma ampla revisão de benefícios e outra é o fim da intermediação do INSS para avalizar os empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. Sobre a revisão, o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, afirma: ‘’A gente precisa olhar começo, meio e fim”.

Segundo Gilberto Junior, o INSS não tem lucro com esse tipo de operação, acumula o desgaste com as denúncias contra fraudes em empréstimos consignados e deve voltar todas as suas ações para proteger melhor os segurados e beneficiários.

FIM DO CONSIGNADO

Ao ser questionado sobre a possibilidade do fim do consignado, Gilberto Júnior disse que o INSS não faz parte dessa cadeia de empréstimo, que o INSS não lucra e que o valor do contrato é muito baixo, daí, nesse cenário, defender a extinção desse modelo de operação.

‘’Ainda estamos pensando. Pelo custo hoje, é melhor acabar. Para receber R$ 117 milhões por ano e ter toda hora dizendo que a fraude do consignado é do INSS? É melhor acabar’’, afirma, em declaração à Folha de São Paulo, Gilberto Júnior.

SEM PAPEL DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

Segundo o presidente do INSS, o INSS tem por função conceder e manter benefícios previdenciários e não é uma instituição financeira. ‘’Ele não faz empréstimos. Verificamos vulnerabilidades, que a gente permite que a instituição financeira não tão proba, correspondentes bancários, tenham acesso ao nosso aposentado sem autorização dele’’, acrescentou.

Como uma das ações para diminuir as fraudes, Gilberto citou que os benefícios concedidos a partir de 2024 para serem desbloqueados, precisavam de reconhecimento facial, mas lamentou que, ao ser instituído essa medida, tenham abertos todos os demais benefícios.

‘’Qual a razão? Não sei. Então a gente colocou o desbloqueio e só reabre se ele autorizar de maneira facial. Vamos criar uma frente ampla para discutir o futuro do consignado dos aposentados e pensionistas’’, destacou Gilberto Júnior, ao dizer que recebeu carta branca do presidente Lula para sanear o INSS.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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