Médium faleceu nesta terça-feira (13), após sofrer falência múltipla dos órgãos. Ele lutava contra um câncer na bexiga.

O médium e líder espírita Divaldo Franco morreu nesta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador. Embora a causa da morte ainda não tenha sido oficialmente divulgada, sabe-se que ele lutava contra um câncer na bexiga desde novembro do ano passado e, nesta noite, sofreu falência múltipla dos órgãos.
O óbito foi registrado às 21h45, enquanto Divaldo estava em sua residência, na sede da Mansão do Caminho, localizada no bairro Pau da Lima. Ele recebia cuidados médicos em casa, no modelo de atendimento home care.

Morre Divaldo Franco, aos 98 anos — Foto: Mansão do Caminho
ATO PÚBLICO REALIZADO
Um ato público será realizado nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio de esportes da Mansão do Caminho, para que os admiradores de Divaldo Franco possam prestar suas últimas homenagens.
Conforme desejo do médium, as cerimônias fúnebres terão curta duração, sem cortejo em carro aberto e com o caixão fechado. O sepultamento ocorrerá às 10h de quinta-feira (15), no Cemitério Bosque da Paz.

Divaldo Franco e Chico Xavier — Foto: Mansão do Caminho
TRATAMENTO DE CÂNCER
Reconhecido como um dos maiores líderes religiosos do Brasil, Divaldo iniciou o tratamento contra o câncer assim que o tumor foi diagnosticado, ainda em estágio inicial. O tratamento envolveu sessões de radioterapia combinadas com “pequenas doses” de quimioterapia.
TRAJETÓRIA
Natural de Feira de Santana, cidade situada a cerca de 100 km de Salvador, Divaldo dedicou mais de 70 anos ao espiritismo, consolidando-se como uma das vozes mais respeitadas no movimento espírita.

Em novembro de 2024, Divaldo Franco passou nove dias internado no Hospital São Rafael por conta dos desconfortos urinários — Foto: Mansão do Caminho
A trajetória de Divaldo Franco começou a ganhar destaque em 1952, com a fundação da Mansão do Caminho, em Salvador, que acolhe e educa crianças em situação de extrema pobreza. Na década de 1960, ampliou a instituição com escolas, oficinas e atendimento médico, transformando-a em um grande complexo educacional, que até hoje atende famílias de baixa renda.
Divaldo também foi autor de mais de 250 livros, muitos psicografados, e teve uma biografia publicada em 2015 pela jornalista Ana Landi. Embora não tenha filhos biológicos, era considerado pai de cerca de 685 pessoas, a quem acolheu e orientou ao longo dos anos na Mansão do Caminho.
Mediunidade descoberta na infância
Divaldo Franco, nascido em 5 de maio de 1927, era o caçula de 12 irmãos. Desde a infância, desenvolveu a mediunidade, mas enfrentou críticas e até agressões dos pais, que consideravam suas visões “demoníacas”.

Divaldo Franco lutava contra um câncer na bexiga desde novembro de 2024 — Foto: Mansão do Caminho
Aos 7 anos, lidou com visões perturbadoras e um espírito obsessor. A situação só mudou quando, após um problema de saúde, a família aceitou que uma médium o visitasse. Ela foi quem identificou sua mediunidade e o problema espiritual que o afligia.
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