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Vulcabras contrata 1,5 mil pessoas e já prevê nova expansão em Horizonte

A fábrica de calçados Vulcabras contratou 1,5 mil trabalhadores em sua unidade de Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza. O número corresponde aos cinco primeiros meses de 2025 e faz parte do plano de expansão do parque industrial que iniciou ainda no ano passado.

Valor de investimento é estimado em pouco mais de R$ 200 milhões

Escrito por
Paloma Vargaspaloma.vargas@svm.com.br
15 de Maio de 2025 – 07:00

Homens trabalhando em planta da fábrica de tênis Vulcabras em Horizonte (CE)
Legenda: Bons resultados da Vulcabras impulsionam ampliação de fábrica e de produção em Horizonte
Foto: Divulgação/Vulcabras

fábrica de calçados Vulcabras contratou 1,5 mil trabalhadores em sua unidade de Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza. O número corresponde aos cinco primeiros meses de 2025 e faz parte do plano de expansão do parque industrial que iniciou ainda no ano passado.

A informação das contratações foi dada pelo CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, em entrevista ao Diário do Nordeste.

As contratações foram possíveis por conta da conclusão do segundo processo de expansão da planta de Horizonte, no início deste ano. A empresa é especializada na fabricação de pares esportivos, e produz em Horizonte artigos das marcas Olympikus (própria) e Mizuno e Under Armour (licenciadas).

 

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Sobre novos investimentos, Bartelle reforçou o compromisso de manter o posicionamento agressivo da empresa no mercado. Por conta disso, não são descartadas novas ampliações no espaço ainda neste ano.

“Temos feito várias expansões nos últimos anos, felizmente a gente vem crescendo. Recém terminou uma expansão, mas já estamos projetando novas expansões. O Brasil está muito incerto, mas mesmo assim, nossas estratégias e coleções de produtos têm andado muito bem, principalmente a coleção do Olympikus. Essa coleção Corre é um sucesso grande no Brasil. Então investimentos e novas expansões são projetadas”.

Com relação aos investimentos previstos para 2025, o CEO da Vulcabras comenta que o capex (despesas de capital de uma empresa) de investimento no último ano foi de R$ 200 milhões e que para este ano está previsto um valor “um pouquinho superior aos R$ 200 milhões”.

“Claro que ali dentro não tem só construção de fábricas e máquinas, também tem ferramentas, investimentos que a gente faz em produto, mas está se tornando um pouquinho superior porque a demanda para os nossos produtos tem crescido”, reforça.

Temor por produtos asiáticos

Após o tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, e a queda de braço com o mercado asiático, foi aventada uma possibilidade de oportunidade de crescimento em exportações de calçados brasileiros. Porém, o CEO da Vulcabras pondera a falta de competitividade do Brasil, comparado com a Ásia, que tem custos muito inferiores aos nossos, principalmente de mão de obra.

“Existe uma pequena possibilidade de poder começar a exportar um pouco para os Estados Unidos, mas o risco de vir uma invasão de produtos importados é muito maior”.

Como conselheiro da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), ele conta que a entidade “tem olhado isso muito de perto”. “Estamos atentos e não vamos aceitar vir uma invasão de produtos asiáticos para o mercado brasileiro, o que dificultaria ainda mais a nossa produção”.

A grande entrada de produtos asiáticos já é um problema para o produtor brasileiro, mas Bartelle afirma que a indústria nacional aprendeu a trabalhar em um cenário de muita liquidação, onde os países emergentes como o Brasil, países grandes, são utilizados.

“Se abrirmos um site de venda de tênis, a gente vai ver que existem grandes liquidações de todas as marcas, e isso demonstra que estão vendendo os produtos abaixo do preço que deveriam vender. Em muitos casos, isso realmente é dumping (produtos internacionais vendidos a preços abaixo do custo de produção ou do preço praticado no mercado doméstico, visando prejudicar a concorrência)”, comenta.

Ele ainda ressalta que a Abicalçados tem trabalhado, falando com governadores e outros entes envolvidos, na tentativa de preservar o produtor e o mercado brasileiro.

“O Brasil é o quinto maior produtor de calçados do mundo e é o único país relevante que sobrou fora da Ásia. Precisamos defender essa indústria, quinta maior indústria de transformação do país”.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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