Tom Prado, CEO da empresa, uma das maiores produtoras mundiais de melão, acha “perfeitamente viável” chegar a US$ 1 bilhão em 5 anos


No que depender da Itaueira Agropecuária, será cumprida a meta estabelecida pelas lideranças do agro do Ceará de dobrar, nos próximos cinco anos, o valor de suas exportações, que hoje é de US$ 500 milhões anuais.
O sócio e CEO da Itaueira, Tom Prado, disse à coluna que essa meta é perfeitamente alcançável até em prazo mais curto, citando não apenas a fruticultura, mas também a carcinicultura como setores que – diante das perspectivas que se abrem – incrementarão suas vendas externas.
Prado confirmou que, neste mês, a Itaueira está iniciando a fase de plantio de sua safra cearense de melão 2025-2026, cuja colheita está prevista para setembro, quando também será iniciada a exortação para o mercado europeu.
“Nós da Itaueira, com certeza, daremos nossa contribuição para o atingimento dessa meta de dobrar o valor das exportações do agro cearense. Temos atividade de produção de melão, melancia, sucos de frutas e camarão voltada, também, para o mercado externo. Nós ouvimos ontem, quinta-feira, o presidente da Camarão BR, Cristiano Maia, anunciar que o governo do Reino Unido deverá autorizar, por todo este mês, a abertura do mercado britânico para o camarão brasileiro, ou seja, do camarão nordestino, que responde por 99% da produção nacional, e só esta notícia nos dá a perspectiva do incremento que ganhará a carcinicultura do Ceará com as exportações para aquele país europeu”, explicou Tom Prado.
Ele também disse que, até o fim deste ano, há a possibilidade de o governo brasileiro e a União Europeia chegarem a um acordo comercial que contemple, também, a exportação de pescados e camarão do Brasil para os países europeus.
“No caso do melão e da melancia, nós, da Itaueira, estamos voltando a plantar no Ceará em 1.250 hectares na primeira etapa de um projeto que prevê uma área total de 3 mil hectares. Neste ano, pretendemos exportar em torno de 200 contêineres de melão e melancia. Dependendo da receptividade dos nossos clientes da Europa, deveremos ampliar esses números”, disse ele.
Tom Prado lembrou que a Itaueira exportou melão de 1999 até 2016, quando, por falta de água, teve de suspender a produção na geografia cearense, mantendo-a na Bahia e no Piauí. A empresa, porém, retomou as exportações no ano passado, vendendo para clientes antigos, os quais elogiaram a qualidade do produto, “que é a mesma que eles conheciam e que, por isto mesmo, motivaram os primeiros pedidos”.
Na sua opinião, a meta de dobrar as exportações do agro é muito viável, fazendo alusão, também, aos sucos que a Itaueira já exporta para o mercado europeu, entre os quais o de acerola orgânica, com vitamina C.
“Temos muito boas expectativas em relação à atividade de fabricação de sucos de frutas para o mercado externo”, acrescentou Tom Prado.
Ele igualmente confirmou que a Itaueira está abrindo, neste momento, 1.250 novos empregos no interior do Ceará, devendo alcançar 3 mil empregos nos próximos cinco anos, quando deverá estar implantada a segunda fase do seu projeto cearense.
Adcionar comentário