Texto amplia de 513 para 531 o número de deputados federais. STF mandou redistribuir vagas por estado com base no Censo, mas não aumentar cadeiras.

O Senado deve votar nesta quarta-feira (12) o projeto de lei que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais a partir da próxima legislatura. A proposta, já aprovada pela Câmara no início de maio, precisa do aval dos senadores para entrar em vigor.
A iniciativa busca atender a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a atualização da distribuição das vagas na Câmara com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. No entanto, o STF solicitou uma redistribuição das cadeiras entre os estados, e não um aumento no total de parlamentares (veja mais abaixo).
O prazo estipulado pela Corte para a mudança termina em 30 de junho. Caso o Congresso não aprove as novas regras até essa data, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizar a redistribuição.
O que prevê o projeto
Liderado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o texto aprovado pelos deputados estabelece que nenhum estado terá redução no número de representantes, mesmo com a readequação proporcional à população atual.
Em vez disso, nove estados ganharão cadeiras na Câmara:
- Amazonas (+2)
- Ceará (+1)
- Goiás (+1)
- Minas Gerais (+1)
- Mato Grosso (+2)
- Pará (+4)
- Paraná (+1)
- Rio Grande do Norte (+2)
- Santa Catarina (+4)
O relator do projeto, deputado Damião Feliciano (União-PB), argumentou que diminuir o número de cadeiras dos estados atualmente sobrerrepresentados resultaria em perda de influência política e poderia afetar os repasses de recursos federais.
Impacto financeiro
A Direção-Geral da Câmara estima que a criação de 18 novas vagas de deputados federais terá um impacto anual de R$ 64,6 milhões. Apesar do aumento nos custos, o relator do projeto afirma que o orçamento do Legislativo é capaz de absorver as novas despesas.
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