Muito antes de a ciência moderna mergulhar em laboratórios e microscópios, o poder do alecrim já era celebrado. Shakespeare eternizou em Hamlet: “Aqui está o alecrim, que é para a lembrança”, disse a personagem Ofélia. Agora, séculos depois, pesquisadores começam a comprovar que a tradição popular talvez carregasse mais sabedoria do que imaginávamos.
Muito antes de a ciência moderna mergulhar em laboratórios e microscópios, o poder do alecrim já era celebrado. Shakespeare eternizou em Hamlet: “Aqui está o alecrim, que é para a lembrança”, disse a personagem Ofélia. Agora, séculos depois, pesquisadores começam a comprovar que a tradição popular talvez carregasse mais sabedoria do que imaginávamos.
Um estudo recente, publicado em fevereiro de 2025 pelo Scripps Research, trouxe à tona evidências promissoras. Os cientistas investigaram os efeitos do ácido carnósico — um composto natural presente tanto no alecrim quanto na sálvia — e descobriram que ele possui potentes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Mais do que isso: em experimentos com modelos animais com Alzheimer, o ácido carnósico não apenas desacelerou o processo degenerativo, como também reverteu danos já estabelecidos. “Fizemos diversos testes de memória e, em todos, observamos uma melhora significativa”, relatou o Dr. Stuart Lipton, um dos líderes da pesquisa.
A doença de Alzheimer, atualmente a sexta maior causa de morte nos Estados Unidos, segue sendo um dos grandes desafios da medicina contemporânea. A possibilidade de um composto natural ajudar na sua prevenção ou tratamento acende novas esperanças — embora os próprios cientistas alertem que mais estudos em humanos são necessários antes de qualquer aplicação clínica.
Ainda assim, a descoberta sugere algo que antigos saberes sempre defenderam: muitas vezes, a natureza já guarda respostas para as perguntas mais complexas da humanidade. E talvez, entre folhas verdes e fragrâncias ancestrais, encontremos caminhos para preservar o que temos de mais precioso — as nossas memórias.
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