Em 2021, a instituição iniciou a parceria com a Fiocruz para desenvolver um medicamento contra a Covid-19 a partir de anticorpos das lhamas

Nasceu a primeira lhama da fazenda da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (Uece). O anúncio foi feito pela própria instituição, por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (4).
“Com muita alegria anunciamos o nascimento de Maria Bonita, primeira lhama da Fazenda Experimental da Faculdade de Veterinária da Uece. Ela está saudável, mamando bem e já encanta a todos”, publicou a entidade, em publicação no Instagram.
Os animais estão sob os cuidados da equipe da Fazenda Experimental, que realiza periodicamente a coleta de sangue para monitorar os parâmetros de saúde e também para isolar nanocorpos.
Segundo a Uece, os nanocorpos são fragmentos de anticorpos que vêm sendo utilizados em parceria com a Fiocruz em pesquisas voltadas ao desenvolvimento de vacinas e testes diagnósticos para Covid-19 e Leishmaniose.
“Essa colaboração entre Uece e Fiocruz fortalece a ciência e abre caminhos para grandes avanços na pesquisa em saúde no Ceará e no Brasil”, informou ainda a instituição.
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Desenvolvimento de remédio contra a Covid-19
Em 2021, a Uece iniciou a parceria com a Fiocruz para desenvolver um medicamento contra a Covid-19 a partir de anticorpos das lhamas. O animal é resistente a variações de temperaturas e tem propriedades eficientes para reconhecer antígenos.
A pesquisa é financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pela Fiocruz. O estudo tem participação do Haras Claro e outras instituições no Ceará.
Com uma maior possibilidade de utilizar fragmentos de anticorpos do que humanos, o camelídeos (lhamas, alpacas e dromedários) se mostraram favoráveis para auxiliarem no tratamento do coronavírus. O estudo já teve início em Rondônia e agora segue seu curso no Ceará.
Fazenda Guaiúba

A Fazenda de Experimentação Agropecuária Dr. Esaú Accioly Vasconcelos, da Uece, localizada no município de Guaiúba, ocupa uma área de 300 hectares dedicados ao ensino de graduação e de pós-graduação, além e servir para pesquisa e aos serviços de extensão da Faculdade de Veterinária da universidade.
O principal objetivo da fazenda, de acordo com a entidade, é difundir as novas tecnologias, realizar aulas práticas ao ensino da Medicina Veterinária e servir de campo experimental para o Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal.
A Fazenda possui infraestrutura de suporte para alojamentos masculino e feminino, laboratórios nas áreas de nutrição animal e biotecnologia da reprodução, além de proporcionar a execução de projetos financiados, teses, dissertações e monografias.
O local oferece também, para alunos, profissionais, trabalhadores e produtores rurais, cursos e treinamentos de Preparação de Inseminadores; Podologia e Casqueamento; em Doma Racional; Aplicação de Vacinas, Medicamentos e em Primeiros Socorros em Animais de Produção; Bem Estar Animal; e Manejo e Conservação de Pastagens.
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