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Operação da PF contra fraudes no INSS apreende Ferrari, carro de luxo, relógios e dinheiro vivo

A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta sexta-feira (12/09), no Lago Sul, em Brasília, uma Ferrari, um carro semelhante aos de Fórmula 1, relógios de luxo e dinheiro em espécie em uma operação que visa desarticular fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na mesma ação, também foram presos Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti. As autoridades também apreenderam várias obras e objetos de arte em endereços de São Paulo.

Operação também realizou a prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o ‘Careca do INSS’, e o empresário Maurício Camisotti

Operação da PF contra fraudes no INSS apreende Ferrari, carro de luxo, relógios e dinheiro vivo | Reprodução/ Polícia Federal
Operação da PF contra fraudes no INSS apreende Ferrari, carro de luxo, relógios e dinheiro vivo | Foto: Reprodução/ Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta sexta-feira (12/09), no Lago Sul, em Brasília, uma Ferrari, um carro semelhante aos de Fórmula 1, relógios de luxo e dinheiro em espécie em uma operação que visa desarticular fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na mesma ação, também foram presos Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti. As autoridades também apreenderam várias obras e objetos de arte em endereços de São Paulo.

 

Segundo as investigações, além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. O “Careca do INSS” é apontado como o lobista que atuava como “facilitador” do esquema de desvios de aposentadorias e pensões.

A Polícia Federal aponta que as associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

Antunes foi levado para a Superintendência da PF de Brasília, por transferir R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024, enquanto Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.

A casa e o escritorio do advogado Nelson Willians, na cidade de São Paulo também esteve na mira dos agentes. No endereço foram encontradas dezenas de obras de artes.

 

 

 

Defesa

A defesa do advogado Nelson Wilians afirmou que ele tem colaborado integralmente com as autoridades e que sua relação com um dos investigados é estritamente profissional e legal. Além disso, ressaltou que os valores transferidos dizem respeito à compra de um terreno vizinho à sua residência. A defesa destacou ainda que a medida é de caráter investigativo e não implica culpa ou responsabilidade.

Já a defesa do empresário Maurício Camisotti afirmou que não há motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação que investiga fraudes no INSS. Os advogados também classificaram a ação policial como arbitrária e acrescentaram que adotar todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão e assegurar os direitos do cliente.

As demais defesas ainda não se pronunciaram.

 

 

<img class="i-amphtml-intrinsic-sizer" role="presentation" src="data:;base64,” alt=”” aria-hidden=”true” />Operação da PF contra fraudes no INSS apreende Ferrari, carro de luxo, relógios e dinheiro vivo - Imagem 1

 

Carro similar ao de Fórmula 1 apreendido durante operação sobre fraude no INSS (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

Entenda o esquema

Conforme a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas:

  • Ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários;
  • Usavam assinaturas falsas para autorizar descontos;
  • Criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.

Sem altorização alguma, as associações cadastravam aposentados e pensionistas do INSS e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que estavam sendo “associados”. Alguns registros de aposentados mostram que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade, com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.

Dirigentes e servidores do INSS recebiam também vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam o desvio.

A investigação teve inicio em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Após a CGU encontrar indícios de crimes em 2024, a Polícia Federal foi acionada.

 

 

<img class="i-amphtml-intrinsic-sizer" role="presentation" src="data:;base64,” alt=”” aria-hidden=”true” />Dinheiro e relógios apreendidos em operação da PF (Foto: Reprodução/ Polícia Federal)

Dinheiro e relógios apreendidos em operação da PF (Foto: Reprodução/ Polícia Federal)

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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