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Homem xinga e cospe em filha de ministro do STF em universidade: ‘Lixo comunista’

A professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Melina Fachin, foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada no campus da instituição. Filha do ministro do STF, Edson Fachin, ela foi chamada de "lixo comunista" por um homem ao deixar a Faculdade de Direito, na última sexta-feira.

Advogado e marido de Melina Fachin denunciou ‘agressão covarde’ em comunicado nas redes sociais

Melina Fachin, advogada e professora da UFPR | Reprodução
Melina Fachin, advogada e professora da UFPR | Foto: Reprodução

professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR)Melina Fachin, foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada no campus da instituição. Filha do ministro do STF, Edson Fachin, ela foi chamada de “lixo comunista” por um homem ao deixar a Faculdade de Direito, na última sexta-feira.

 

Melina ainda não se pronunciou. Já o advogado e marido, Marcos Gonçalves, denunciou a “agressão covarde” em redes sociais. Segundo ele, um homem branco, não identificado, se aproximou e cuspiu na professora enquanto a xingava.

Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto, escreveu Gonçalves, na nota.

AUTOR DA AGRESSÃO NÃO FOI IDENTIFICADO

O advogado associou o episódio a outro momento de tensão na UFPR, quando estudantes bloquearam o acesso ao prédio do Direito durante o evento “Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?”, organizado por apoiadores de Jair Bolsonaro em meio ao julgamento da Corte sobre a trama golpista.

A universidade cancelou o encontro, mas o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e o advogado bolsonarista Jeffrey Chiquini tentaram entrar. Gonçalves classificou o caso como provocação, tumulto e desrespeito às instituições, citando também violência policial contra os estudantes.

Se alguma coisa além acontecer com a Professora Melina ou com alguém da nossa família, vocês não serão apenas os responsáveis, vocês receberão o mesmo jugo, destacou.

A comunidade universitária prestou solidariedade a Melina. O Centro de Estudos da Constituição da UFPR publicou nota em que “manifesta seu mais veemente repúdio ao ataque sofrido” pela professora.

A professora Melina foi alvo de violência física e verbal em uma clara tentativa de intimidação, por ato covarde que atinge os valores de liberdade e democracia que sustentam a universidade pública e o espaço coletivo. Não se trata de um episódio isolado: é um sintoma grave da intolerância e do autoritarismo que ameaçam transformar o espaço universitário e democrático em palco de violência e silenciamento, diz a nota.

(Com informações do O Globo)

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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