Notícias

Veja o que se sabe sobre ataque que matou funcionários da embaixada de Israel em Washington

Dois funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros em frente ao Museu Judaico de Washington, na noite de quarta-feira (21). O ataque foi cometido por um homem que gritou "Palestina livre" ao ser detido, segundo informaram as autoridades.

Vítimas eram namorados que planejavam se casar em breve

Escrito por
22 de Maio de 2025 – 09:57

(Atualizado às 09:58)
Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim
Legenda: As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky, que também tinha nacionalidade alemã, e Sarah Lynn Milgrim
Foto: Reprodução/@Israel via X

Dois funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros em frente ao Museu Judaico de Washington, na noite de quarta-feira (21). O ataque foi cometido por um homem que gritou “Palestina livre” ao ser detido, segundo informaram as autoridades.

O museu tinha um evento programado para jovens profissionais e diplomatas. A polícia informou que o suspeito entrou no prédio após os disparos e foi detido no local.

Quem são as vítimas?

O Ministério das Relações Exteriores de Israel identificou as vítimas como Yaron Lischinsky, que também tinha nacionalidade alemã, e Sarah Lynn Milgrim.

Namorados, eles planejavam se casar em breve, segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter. Ele detalhou à imprensa que o jovem comprara uma aliança para pedir a companheira em casamento na próxima semana, em Jerusalém.

Policiais responderam a várias ligações que alertaram para um tiroteio perto do museu, por volta das 21h (22h pelo horário de Brasília). Quando chegaram ao local, encontraram as vítimas inconscientes e sem respiração. Apesar dos esforços dos socorristas, os dois foram declarados mortos no local.

Evento no Museu Judaico

O alvo do ataque foi uma recepção anual organizada pelo American Jewish Committee (AJC) para jovens profissionais e diplomatas credenciados em Washington.

“O American Jewish Committee confirma que organizou um evento no Museu Judaico de Washington esta noite”, afirmou em um comunicado o presidente do comitê, Ted Deutch. “Estamos devastados com um ato de violência indescritível que ocorreu em frente ao local”.

O Museu Judaico fica no centro de Washington, perto do Capitólio e a um quilômetro e meio da Casa Branca.

Quem é o autor do ataque?

“Antes do tiroteio, o suspeito do ataque foi observado caminhando de um lado para o outro fora do museu. Ele se aproximou de um grupo de quatro pessoas, sacou uma arma e abriu fogo”, afirmou à imprensa Pamela Smith, chefe de polícia de Washington.

A polícia o identificou como Elías Rodríguez, de 30 anos, de Chicago. Segundo Smith, ao ser detido e algemado, ele gritou “Palestina livre”.

Autor foi confundido com vítima

Após o atentado, houve uma confusão com o agressor, que foi inicialmente confundido como uma possível vítima.

Testemunhas afirmaram que os funcionários da segurança do museu permitiram a entrada do suspeito e, no local, ele foi consolado por várias pessoas, antes de admitir que era o responsável pelo ataque. “Algumas das pessoas que participavam do evento trouxeram água e o fizeram sentar”, disse Yoni Kalin, que estava no museu.

 

Veja também

 

Autoridades condenam ataque 

O presidente americano, Donald Trump, condenou o que chamou de “assassinatos horríveis”, motivados “obviamente pelo antissemitismo”.

“O terrorismo e o ódio não vão nos quebrar”, reagiu o presidente de Israel, Isaac Herzog, que se declarou “em choque” com o duplo homicídio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o reforço da segurança das missões diplomáticas do país em todo o mundo e atribuiu o ataque à “incitação selvagem à violência contra o Estado de Israel”.

“Ferir diplomatas e a comunidade judaica é atravessar uma linha vermelha“, afirmou o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, que chamou o ataque de “terrorismo antissemita”.

O ataque também foi condenado pelos governos da Alemanha, Espanha, França e Itália. A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, disse estar “chocada” e afirmou que “não pode haver espaço em nossas sociedades para o ódio, o extremismo ou o antissemitismo”.

O ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Saar, criticou os países europeus, incluindo alguns que são muito críticos a respeito da campanha militar em Gaza, com os consequentes atritos que o tema provoca com a diplomacia do Estado hebreu.

“Há uma linha direta entre este assassinato e a incitação antissemita e anti-israelense. Essa incitação ao ódio também é obra de líderes e autoridades de muitos países e organizações internacionais, em particular da Europa”, disse o ministro.

Avatar

Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

Adcionar comentário

Clique aqui para postar um comentário